sábado, 19 de novembro de 2011

The history channel - O CONFRONTO DOS HOMENS DAS CAVERNAS

Há 150 anos conhecemos a existência dos neandertais.

Neandertais e cro-magnons ocupando a mesma região haverá competição pela comida.

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Em um passado gélido no continente europeu, duas espécies humanas lutavam bravamente para sobreviver.

De um lado os Neandertais: atarracados, robustos, construídos para força bruta.

Do outro os cro-magnons: mais esbeltos, ágeis e mais astutos.


Foi à épica batalha do músculo contra o cérebro.

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Por que os Neandertais foram extintos?

Antes dos cro-magnons eclodirem na Europa, os Neandertais haviam sobrevivido sem problemas nesse continente por mais de 100.000 anos, apesar das mudanças climáticas e diferentes condições. Mas após o contato com nossa espécie, eles desapareceram em algumas centenas de anos. Seria coincidência ou conquista?

O mais provável é que os Neandertais foram extintos graças ao fim de seu reinado com a chegada dos homo sapiens.

Fósseis e SUPERPOSIÇÃO

Estima-se que todos os fósseis de Neandertais e dos primeiros cro-magnons enchem apenas uma pequena picape. Por isso não existe muito material disponível para reconstruir os eventos que envolveram ambos.

Se você examinar o crânio, e medir o volume do espaço interior, vai descobrir que eles tinham o cérebro um pouco maior do que o nosso. Porém, se tratando de cérebro, não é o tamanho que importa.

Indícios arqueológicos revelam que os Neandertais e os cro-magnons partilharam o continente europeu por milhares de anos, antes que os primeiros se extinguissem.

O primeiro Europeu moderno que achamos até hoje cujo crânio conseguimos datar com radio carbono foi na Romênia, é de 35.000 anos. Ao mesmo tempo achamos Neandertais na península Ibérica, onde sobreviveram até 30.000 anos. Isso nos dá cinco milênios de superposição em que Neandertais e cro-magnons conviviam na Europa.

A superposição pode ter sido mais longa ainda, embora os primeiros esqueletos de nossa espécie tenham 35.000 anos, existem objetos ligados à homo sapiens de 45.000 anos, como por exemplo: pinturas rupestres, esculturas e flautas, TOCAVAM MÚSICAS. Esse comportamento contrasta com o que havia antes, isto é, com o comportamento do Neandertal, que não exibia nenhuma dessas habilidades abstratas e complexas. Para entender melhor essa questão, nem si quer os instrumentos de caça dos Neandertais eram complexos.

Lança do Neandertal: Algumas tinham pontas de pedra, porém elas não eram lanças de alcance, funcionavam mais como baionetas, por quê? Porque eram friáveis, e se você acertasse numa árvore ou em uma rocha, lá se vai à lança, ou seja, era muito simplório.

Lança do cro-magnon: Pontas de ossos e chifres, muito afiadas para poder penetrar fundo, capaz de ser arremessada a longas distâncias. Aliás, uma arma de lançamento é complexa, requer muito tempo para chegar à ponta polida e afiada, muito tempo para selecionar a madeira da haste, e muito tempo para preparar o laço que une a ponta a haste.

Ou seja, o que os cro-magnons resolviam com técnica, os neandertais resolviam a força.

E esse número pode ter sido maior ainda, devido ao fóssil de um Neandertal que mostra nitidamente no esqueleto um ferimento profundo que atingiu uma das costelas do lado esquerdo. Segundo os pesquisadores, este ferimento poderia ter sido causado por uma lança de um tipo usado pelos humanos modernos, e não por homens de Neandertal.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI3909093-EI238,00-Humanos+podem+ter+assassinado+Neandertal+ha+mil+anos.html

Ramificação dos Neandertais e cro-magnons e antepassados.

Neandertal é descendente do Homo heidelbergensis, ambos não são descendentes diretos do homo sapiens.

O Neandertal e o cro-magnon se ramificaram no homo rhodesiensis. É altamente provável que alguns rhodesiensis migraram da África a Europa e acabaram evoluindo a Heidelbergensis e posteriormente Neandertais, enquanto os que ficaram evoluíram para homo sapiens.

Por que os cro-magnons demoraram tanto tempo para chegar a Europa se evoluíram na África milhares de anos antes?

Os Neandertais já habitavam a Europa, para conquista-la os cro-magnons precisariam tira-los fora do quadro, e para que essa invasão tivesse êxito os cro-magnons necessitariam de alguma vantagem, porém, ela levaria tempo para existir. Tanto é que os arqueólogos descobriram que no início, nossa espécie não era mais sofisticada que os Neandertais.
Os modernos homo sapiens apareceram a aproximadamente 200.000 anos na África, e usavam as mesmas ferramentas a 100.000 e 200.000 anos atrás. Eram as mesmas ferramentas que os Neandertais usavam na Europa ao mesmo tempo.

Em uma rede de antigas cavernas de Israel, descobriram-se ossos e ferramentas das duas espécies humanas, os testes de radio carbono revelaram que as duas espécies devem ter se cruzado brevemente a 90 mil anos, bem antes de os cro-magnons terem se mudado para Europa. Mas nesse estágio, antes que nossa espécie tivesse desenvolvido alguma vantagem tecnológica, os Neandertais eram dominantes.

Se examinarmos a fundo, acharemos sinais que os cro-magnons viveram nesse lugar, mas alguns milhares de anos depois, os neandertais acabaram ocupando as mesmas cavernas. Então o que aconteceu? Bom, é difícil dizer com certeza, mas é provável que os Neandertais tenham enxotado os cro-magnons.

Apos o encontro com os Neandertais no oriente médio, nossa espécie deve ter voltado para África, onde ficaram milhares de anos.

Mas quando eles finalmente se aventuraram a sair de novo, possuíam uma arma nova e mais poderosa que todas as existentes no mundo: UMA MENTE PLENAMENTE DESENVOLVIDA.

Sobrevivendo ao frio e continuação do texto laranja acima.

Poderíamos pensar que os cro-magnons não tinham estrutura para sobreviver no frio e estariam em desvantagem com relação aos neandertais, entretanto os cro-magnons ficaram na Terra enquanto os neandertais se extinguiram na segunda era do gelo, como conseguiram?
Tinham tecnologia superior, eram MUITO melhores em construções de abrigos de pele animal, onde podiam se refugiar do perigo e nos dias que eram particularmente frios, eram ótimos nas confecções de roupas quentes e impermeáveis, e tinham adquirido uma técnica superior de caça, podendo armazenar carne para os dias piores de escassez, sendo assim, todas essas vantagens culturas e tecnológicas, ajudaram os cro-magnons a sobreviver muito depois da extinção dos neandertais.

Outra vantagem:

Foi encontrado um osso com furinhos de 32.000 anos, e tratava-se de um calendário lunar que acompanha o deslocamento de rebanhos segundo a posição da lua. Pois alguém percebeu que a migração das renas seguia um padrão, e ligou esse padrão a trajetória lunar, registrando-a em uma série de furinhos, com essa informação sempre disponível, a tribo era capaz de prever onde a próxima refeição seria encontrada.

COMO OS CRO-MAGNONS EVOLUÍRAM TÃO DEPRESSA e continuação dos dois textos acima.

Os cro-magnons não começaram sendo inteligentes, os primeiros milhares de anos de seu aparecimento, eles basicamente viviam o mesmo nível que os neandertais, eles não davam sinais de ter cultura mais sofisticada ou ter instrumentos e ferramentas melhores, etc. E de repente algo aconteceu e deu um grande empurrão nessa cultura primitiva, é como se de repente tivessem ficado inteligentes.

Os registros arqueológicos dos cro-magnons de 40 mil anos é realmente interessantes, ferramentas e armas ficaram mais ponte agudas e duráveis, expressões criativas começaram a surgir como forma de pinturas rupestres, esculturas, joias, etc. Como testemunho de um nível cultural sofisticado e sem precedentes.

Essa mudança foi dramática, começaram a inovar na tecnologia, ouve o advento de coisas como ferramentas de osso, cortado e modelado, aconteceu algo que só podemos chamar de arte, que era totalmente desconhecida no tempo dos Neandertais.

Foi como uma centeia que repentinamente acendeu a mente da humanidade mais de 100.000 anos depois que nossa espécie surgiu.

Como?

Talvez uma mudança genética que nós deu de repente uma capacidade intelectual que não tínhamos antes, como algum raciocínio abstrato ou a linguagem. É possível que a inovação fosse cultural, do mesmo modo como a revolução industrial mudou drasticamente nosso estilo de vida. Os cro-magnons podem ter vivido o mesmo tipo de experiência, repentinamente uma descoberta foi feita e deitou raízes em sua cultura, impulsionando-os a diante.

O mesmo salto tecnológico que foi dado pelos cro-magnons aconteceu no cérebro deles, nós já tínhamos um cérebro preparado com símbolos havia tempos, e bem antes de começar a usa-lo. Mas esse incrível potencial ficou latente durante milênios, até que surgiu através de algum estimulo cultural, que provavelmente foi à fala.

Fala do Neandertal: Os cientistas pesquisaram no DNA descobriram que os neandertais tinham um gene igual dos cro-magnons chamado "Foxp2", ingrediente fundamental a fala. Um humano com defeito nesse gene é incapaz de conversar normalmente.
O gene Foxp2 deles eram idênticos ao nosso, por isso acredita-se que eles tinham uma linguagem bem elaborada. Mas embora esse achado genético sugira que os Neandertais podiam conversar, não sabemos se eles realmente conversavam, nem que espécie de sons emitia.

Em busca de pistas, os Dr. Jeffrey Laitman um anatomista da escola de medicina de NEW YORK, perito em cordas vocais e evolução do percurso da história humana, reanalisou os fósseis de Neandertais e cro-magnons e os comparou, e chegou a conclusões reveladoras sobre a fala neandertal.

"A diferença vital entre neandertais e cro-magnons está na localização da Laringe ou mais simplesmente na caixa vocálica, em um adulto humano moderno a laringe passa por toda a garganta. Essa posição baixa nos capacita emitir sons importantes, especialmente as vogais com rapidez. Pelo o que examinei a laringe do neandertal se encontrava mais no alto da garganta, mais do que se encontra em nós, ou seja, eles não seriam capazes de emitir certos sons vocálicos como U em Urubu, ou A em padre. Com relação a fala os neandertais não tinham a mesma capacidade que nós temos hoje."

Dieta de carne

Os Neandertais quase só dependiam de carne para sobreviver.
Hoje a dieta ocupa 20% da dieta humana, mas ocupava 85% da dieta do Neandertal.
Sabemos disso devido a analise de isótopos estáveis que permitem aos cientistas determinar o que eles comiam através do nível de carbono e nitrogênio no tecido ósseo. Para sobreviver os Neandertais precisavam de cerca de 5.000 calorias por dia, o dobro do consumo do moderno homem adulto.

Mas pra que tanta carne? Logicamente esse número implica que tinham grande necessidade de comida, mas é natural, porque tal necessidade era uma adaptação ao ambiente gelado em que viviam. A alta taxa de metabolismo ajudou-os a aguentar a baixa temperatura.

Canibalismo

Em mais de uma caverna da Europa, encontraram-se ossos com marcas similares a que vemos em ossos de animais abatidos.
É impossível dizer que não havia canibalismo nessa época, os ossos foram tratados de tal forma que qualquer pessoa diria: É claro que isso serviu de alimento.
Quando encontramos os ossos de humanos com esse tipo de corte, carbonizados porque foram assados e esmagados para expor a medula que fica dentro, sem dúvida isso sugere canibalismo.

Apesar dos fósseis nos garantirem que os Neandertais comiam gente, nada nos informa o que os motivavam a isso. Seria pratica sacrifical ou simplesmente uma defesa contra morrer de fome?

CAÇA DOS NEANDERTAIS

Os Neandertais caçavam próximos da presa, sua lança funcionava como uma baioneta. Enquanto um chamava a atenção do animal, outro montava em cima dele. Com a fera distraída e desequilibrada, os demais caçadores atacavam com uma lança na garganta e outra no coração. Um exemplo de animal que sofria esse ataque era o RINOCERONTE LANOSO, um dos animais mais perigosos dessa época, quando provocado era extremamente agressivo e certamente difícil de ser apanhado. Os Neandertais logicamente preferiam não ataca-los, porém devido à escassez de comida eram obrigados. Certamente ocorreu várias acidentes onde Neandertais morriam ou saiam gravemente feridos, afinal, era uma cena extremamente brutal. Há registros fósseis que provam violência no quesito de traumas, principalmente no crânio, e isso tem sido interpretado como resultado das técnicas de caça, pois chegar perto de grandes animais oferece muito perigo.

Quando caçavam esses animais enormes chegavam muito perto e muitos se feriam, podemos dizer pelas fraturas dos ossos Neandertais, dedos e braços quebrados, pernas, fraturas no pescoço, a caça cro-magnon parece que era diferente, os caçadores cro-magnon deveriam encurralar o animal para atingi-lo com uma lança, antes que ele percebesse qualquer coisa. Não havia aquele encontro próximo que havia com os Neandertais. De novo, vemos isso nos ossos, a menos fatura nos braços, menos fatura nas escapulas e costelas. Os cro-magnons sempre se protegiam e jamais se expunham aos riscos que os neandertais enfrentavam diariamente.

Mas para os Neandertais, uma simples fratura era um preço pequeno para afugentar a fome, nas estepes geladas da Europa sua sobrevivência dependia da força. Tinham musculatura maciça nos ombros e braços, quando alcançavam o animal tinham uma pega poderosa e não o largavam até imobilizo, para esse tipo de caça, eram bem construídos.


Encurralar as feras era uma boa solução na floresta, onde ficava fácil aproximar-se delas sem ser visto. Mas em espaços abertos, os Neandertais ficavam em grande desvantagem, pois ao contrário dos rivais não podiam correr muito bem.

Correr

Pouco valorizamos o fato de que nós os humanos modernos certamente estamos entre os melhores corredores do mundo animal inteiro. Basta olhar para um homem moderno, porque nós temos pernas longas, uma pelve que nos ajuda a distribuir o peso e o impacto de um pé pro outro. Na verdade, nós aguentamos correr muito bem longas distâncias, por isso gostamos de maratonas, já a maioria dos outros animais preferem distâncias curtas.

Em comparação conosco, os Neandertais tinham membros curtos e pelves largas, isso restringe a velocidade e a distância que podem correr atrás da presa.

Caso os Neandertais quisessem correr dos cro-magnons, era quase impossível escapar, pois os cro-magnons tinham um corpo preparado para correr longas distâncias enquanto o neandertal não. Para correr, o Neandertal gastava 30% de energia a mais que o cro-magnon. Se houve conflito contra os Neandertais, os cro-magnons certamente usavam as armas e a velocidade para vence-los com muita facilidade.

Relacionamento entre ambos.

De fato, não sabemos como foi. A maior parte do tempo devem ter coexistido pacificamente, porém deve ter havido guerras. O que nós sabemos é que até certa altura os Neandertais sumiram e os cro-magnons ficaram.

No momento, os registros arqueológicos não apresentam interação direta entre os dois grupos, mas há certos vestígios e pistas que sugerem ter havido não só um contato, mas uma troca de ideias entre ambos. Em meados do século XIX, em Châtelperron na França, um ferroviário encontrou vários instrumentos de pedra e fragmentos ósseos extremamente antigos. Na época a arqueologia engatinhava.

O primeiro crânio Neandertal não seria identificado antes de outra década e o significado do achado não seria plenamente compreendido por mais de um século.

As ferramentas encontradas nesse local são mais sofisticadas que a dos Neandertais porque tem bordas afiadas, mas são muito rusticas para serem cro-magnons, e ferramentas semelhantes foram achadas recentemente em sítios neandertais, supõe-se que tenham pertencido a neandertais digamos "esclarecidos".
Essa ferramenta de certo foi obra de neandertais, mas como teria os neandertais adquirido essa particular tecnologia tipicamente cro-magnon? Já foi dito que houve comércio entre eles e que havia algo de pacifico nessa interação. Pode ser que um Neandertal mais esperto, pode ter achado essa ferramenta cro-magnon e pensado "opa isso é bom" e pensou que poderia imita-las.

É realmente estranho imaginar que os Neandertais apos passarem milhares de anos na mesmice sem esse tipo de artefato, de repetente tenham começado a fabrica-los na mesma época que os cro-magnons também fabricavam, iguaizinhos, na Europa. Seria coincidência demais se assim fosse. Há fortes indícios que os Neandertais conheceram as ferramentas cro-magnons, mas será que eles se cruzaram? As camadas sedimentares de Châtelperron parecem confirmar a possibilidade. Os artefatos da primeira camada devem ter sido de Neandertais, mas exibe sutil influencia de artesãos mais habilidosos, datam de 38.000 com vários de poucos séculos. A camada do meio é consistente com a tecnologia cro-magnon, datando entre 34 e 35 mil antes de cristo. Mas os artefatos próximos a superfície voltam a ser neandertais, datando entre 32 a 34 mil A.C

Datação por radio carbono

Foi possível datar esses itens devido à técnica de datação por radio carbono chamada de espectrometria de massa acelerada, e com esse grande avanço foi possível trabalhar com quantidades de minutas de carbono e data-lo. Com a tecnologia de laboratório avançada, a datação por carbono foi ganhando precisão. Hoje os cientistas situam a idade de objetos pré-históricos com exatidão sem precedentes.
O rádio carbono trabalha como um rádio isótopo de carbono 14, depois que morremos não mais respiramos carbono, assim todo carbono 14 que tínhamos no corpo vai se transformando com o tempo em hidrogênio, a datação por carbono mede então a porção de átomos de carbono 14 ainda presentes em nosso corpo, Mede o tempo desde a morte.

Em Châtelperron as últimas datações sugerem que os Neandertais e os cro-magnons viveram na mesma área e no mesmo período da pré-história. A luz desse indício, muitos antropólogos acreditam que as duas espécies se encontraram. Mas a natureza desses encontros continua incerta.

É quase certo que os dois grupos tiveram contato, seria muito difícil não ter ocorrido nenhum conflito entre cro-magnons e neandertais. Lembre-se como somos perigosos com nossos semelhantes ainda hoje.

Os registros fósseis existentes combinados com a complexidade da natureza humana permitem uma hipótese sobre o que aconteceu quando os cro-magnons deram de frente com os neandertais.


Cruzamento Neandertal

Poderia ter ocorrido, já que provavelmente ambas as espécies se encontraram e se relacionaram entre si. A questão é: Se isso aconteceu, teria afetado o nosso gene, isto é, o gene que temos hoje? Os filhos desse cruzamento seriam viáveis e férteis? Isso é claro ainda tem de ser comprovado.

Um dos grandes de antropologia é a possibilidade de cruzamento entre as duas espécies, a maioria acredita que os dois grupos não eram compatíveis geneticamente. É bem possível que possam ter ocorrido alguns relacionamentos amorosos ou sexuais de tempos em tempos, porém não há indícios realmente firmes para acreditarmos que tenha havido um intercâmbio de genes entre as duas populações. Alguns afirmam que embora Neandertais e cro-magnons fossem e espécies diferentes, o cruzamento não era só possível, era provável.

A biologia já descobriu que há cruzamento entre espécies perfeitamente diferentes, por exemplo: o veado mula e o veado virginiano, considerados de espécies diferentes, descobriram provas pelo DNA que houve cruzamentos de ambas. O lince e o gato selvagem são espécies separadas, mas temos grande incidência de cruzamentos. A mesma coisa pode ter ocorrido entre Neandertais e cro-magnons, talvez eram plenamente capazes de cruzar e ter filhos saudáveis e férteis.

Se essa teoria estiver correta, então os Neandertais não terminaram em dramática extinção, e todos nós teríamos um pouco de Neandertal no sangue.

Em um lugar no centro de Portugal chamada Lagar Velho, o esqueleto de uma criança de 4 anos atesta essa possibilidade. O esqueleto tem 24.000 anos, muito depois do que acreditamos ter sido fim dos Neandertais. Essa fóssil da criança mostra nitidamente que ele não era igual a nós.

O seu corpo era atarracado igual à de um Neandertal, mas o que quer dizer isso? Bom, talvez fosse apenas uma criança estranha, mas há muitas especulações de essa criança ser hibrida de um cro-magnon e um Neandertal.

O crânio é muito semelhante ao nosso com queixo pronunciado, dentes pequenos e canal auricular interno. Mas em um aspecto ele se desvia bastante do Homo Sapiens, a caixa craniana é alongada como a de um Neandertal, o fato de ele ter características Neandertais sugerem que houve um cruzamento dessa espécie com cro-magnons, na ibéria de 24 mil anos atrás.

Porém, essa criança não foi suficiente para convencer os céticos.

Ela poderia ser uma criança deformada, com anomalia, etc. Há hipótese de ser uma criança moderna é muito válida.

Pois pesquisadores estavam desvendando os segredos do DNA Neandertal, e criando um mapa genético da espécie para comparar com o nosso. Uma das questões mais prementes é saber se nossa espécie herdou algum gene Neandertal.

Algumas informações vitais já surgiram na pesquisa em curso, os cientistas isolaram o DNA mitocondrial dos Neandertais, e isso pode nos indicar quais genes herdamos de nossas mães, ao longo da história humana.

Temos de olhar o lado feminino da história quando estudamos essa parte do DNA, e descobrimos que o DNA mitocondrial do Neandertal é muito diferente do que encontramos no homem da nossa época, então quanto o genoma mitocondrial, é óbvio que os Neandertais não contribuíram nas variações em humanos hoje. Em outras palavras, nenhuma linhagem feminina de nossos dias carregam genes Neandertais. Pelos primeiros resultados do outro lado do código genético o mesmo se dá com a linhagem masculina. Já temos o dado do cromossomo Y que é passado de pai para filho, e indica que eles não contribuíram com nenhum cromossomo Y em humanos que vivem agora. Hoje nenhum homem do planeta carrega cromossomo Y parecido com o do Neandertal. Está descoberta é um golpe duro na teoria do cruzamento.

Mas talvez, esteja cedo para tirar conclusões definitivas pois as amostras são pequenas demais e os cruzamentos não deviam ser frequentes. Afinal, só extraímos DNA mitocondrial de 7 pessoas cro-magnons e 5 neandertais. Não são amostras suficientes para determinar um nível de cruzamento entre as duas espécies.

As amostras de DNA estudadas sugere que nenhuma pessoa no mundo hoje tem uma gota de sangue Neandertal.

Mas existe a tese de que espécies hibridas tenham existido num passado distante. Nesse caso é quase certo que os híbridos seriam incapazes de reproduzir, pois ambos provavelmente tinham o número de cromossomos diferentes, então teríamos uma situação igual a burros e éguas que podem se cruzar e gerar animais saudáveis, porém não férteis.

COMO CONSEGUIMOS VENCER?

Quando os últimos Neandertais desapareceram duvido que o impacto fosse muito sentido pelas populações cro-magnons. Creio que os Neandertais subiram no mundo sem ruído e alarde, sendo que o impacto nas populações de cro-magnons foi bem pequeno.

Os Neandertais provavelmente contraíram infecções certamente respiratórias de homens de nossa espécie, é inegavelmente possível que os Neandertais não tivessem imunidade a certos males que afligiam os cro-magnons, como aconteceu com os índios americanos quando o Europeus chegaram a América, então é bem provável que as doenças tenham contribuído para a extinção dos neandertais.

Em cerca de 28.000 A.C, os cro-magnons habitavam toda a Europa continental, tendo empurrado os últimos neandertais para pequenos lugares da Ibéria no sul da Itália e dos Bálcãs. Devagar, eles iam vencendo o jogo da sobrevivência.

A muitos possíveis culpados da extinção dos Neandertais, talvez os cro-magnons, clima, escassez de caça, algum tipo de doença, é tentador colocar a culpa em um só fator, mas isso não foi só como um asteroide q matou os dinossauros, mas sim com a junção de diversos fatores diferentes.

Muitos antropólogos concordam que os cro-magnons tiveram seu papel na extinção do neandertal.
A grande diferença é que nossos ancestrais estavam aqui, e tendo ou não havido confrontos violentos, certamente houve algum tipo de competição, afinal eles caçavam os mesmos animais e também competiam pelos mesmos recursos, então seria os nossos antepassados responsáveis por essa extinção? No mínimo foi um importante fator. Mas o fator principal pode não ter sido o cro-magnon, e sim a mãe natureza.
Há 30.000 anos o clima mudou de tal maneira que eles não puderam se adaptar, além do frio intenso o clima flutuava de modo desordenado em períodos curtos, então coube nisso o influxo de cro-magnons na mesma época, a vida deles ficou bem difícil. À medida que o frio aumentava, as florestas pereciam levando consigo muito Neandertais. O gelo mudava o clima mudava de repente, as florestas das quais os Neandertais dependiam iam se reduzindo, e sem florestas ficavam em desvantagem.
Eles não podiam se esconder nas árvores pra caçar ao modo deles, e assim a fome foi chegando de mansinho.
O que quer que tenha acontecido com os Neandertais há 30.000 anos, sua extinção teve grande impacto no futuro de nossa espécie, sem a ameaça de competição, a cultura cro-magnon explodiu na Europa, os registros arqueólogos da era pós Neandertal evidenciam progressos estonteantes em tecnologia, arte e comunicação. Diferente dos antecessores, o cro-magnon era capaz de alterar o ambiente para adapta-lo as suas necessidades. Com tamanha capacidade veio um poder sem precedentes. Mas apesar de tantas vantagens, basta saber se nossa espécie terá a mesma longevidade dos Neandertais.



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