quinta-feira, 1 de dezembro de 2011


EI ISABEL, VAI TOMA NO CÚ.












Mamíferos

Os mamíferos apareceram a 200 milhões de anos atras, na Terra.

Os mamíferos são endotérmicos, dão à luz a filhotes e respiram ar. Estas são adaptações para viver na terra. Mas baleias e golfinhos são mamíferos, também. São mamíferos que vivem na água, mas sabemos que mamíferos evoluíram na terra.

Ásia, Paquistão; em 1978 uma equipe de arqueólogos de Michigan realizaram uma expedição liderada pelo geólogo Phil Gingerich, e acabaram fazendo uma descoberta incrível; encontraram na cadeia de montanhas Sulaiman o fóssil de um pedaço de crânio, que tinha a área do ouvido bem preservada, o que indicava sobre que espécime se tratava. A forma era bem familiar, mas de um jeito nunca visto antes pela humanidade; era o esqueleto parcial de um mamífero que viveu a 50 milhões de anos atras.
Bom, o fóssil na verdade se tratava de um espécime novo, que era muito similar em tamanho e forma à parte traseira de um crânio de lobo. Mas havia algo que o distinguia, Gingerich notou um pequeno osso em S na região do ouvido, e descobriu que esse osso é conhecido como um processo sigmoide, e é exclusivo da ordem de animais que vivem na água hoje. Se tratava de uma protuberância.
Se ela não estivesse lá era fácil deduzir que se tratava de um mamífero carnívoro arcário ou o que chamamos de creodonte. Mas o que a protuberância tem de tão especial?
Ela faz parte do ouvido interno do animal e tem um formato distinto, um formato encontrado hoje somente em baleias. Ou seja, era um animal primitivo, transitório, mas mesmo assim com processo sigmoide, é uma baleia primitiva. Isso só pode significar uma coisa: A baleia moderna começou sua vida como um animal terrestre.

O que estava fazendo um ouvido de baleia no crânio de um ser que lembrava um lobo? Bom, para ter mais certeza que se tratava de um elo perdido das baleias modernas, decidiram procurar por mais possíveis fósseis intermediários dessa espécie.




Gingerich então foi ao deserto do Saara, em um lugar específico conhecido como vale das baleias. Porém, ficou frustado pois lá só havia basilossauros de 40 milhões anos, um animal já conhecido pela ciência, e se as baleias evoluíram mesmo de mamíferos terrestres, tinham feito isso bem antes dos basilossauros.
Mas após alguns dias de escavação, vem uma segunda grande descoberta para carreira de Gingerich, os basilossauros tinham algo que as baleias modernas perderam a muito tempo: PERNAS. Os ossos eram pequenos mais inconfundíveis, tratava-se de uma pélvis, uma rótula, dedos. Essa baleia tinha todos os ossos da perna. Isso foi uma evidência dramática, que baleias foram animais quadrupedes.
Desde então, ele e outros completaram uma estória fantástica.

Cientistas agora pensam que o ancestral mais antigo das baleias é similar ao sinonyx de 50 milhões de anos.

Sinonyx era um caçador oportunista que viveu e caçou ao longo das praias de um mar ancestral. Talvez seus descendentes encontraram na água uma fonte de comida, e com menas competição.
Em milhões de anos, pernas frontais tornaram-se nadadeiras, as traseiras atrofiaram, corpos perderam a pelagem, e ficaram com um familiar formato longilíneo. Desde este achado, o pakicetus, a lista de baleias transitórias tem crescido. Ela agora inclui Ambulocetus, Rhodocetus, durodon, assim como o basilossauros.
Eles revelaram outro elemento da evolução das baleias; a gradual migração das narinas para o topo da cabeça, enquanto se adaptavam para respirar sob a água.



E os ossos não são a única evidência da evolução das baleias.
Frank Fish estudou como mamíferos marinhos nadam, ele procura por suas heranças evolucionárias no modo que se movem na água.
A grande questão é: Como você vai de um animal terrestre que corre com 4 pernas, para algo como o golfinho que não tem nenhuma perna e está plenamente adaptado para nadar no mar?

Mesmo que baleias parecessem peixes, eles não nadam como eles.

Peixes nadam flexionando suas espinhas lateralmente como um tubarão.
Mas mamíferos nadam diferente.
Repare uma lontra, ela nada ondulando sua espinha de cima para baixo.. do mesmo jeito que as baleias fazem.
E, como já foi revelado, do mesmo jeito que os animais terrestres flexionam suas espinhas ao correr.
As baleias lavaram para o mar o jeito de mover-se dos ancestrais, e podemos ainda vê-lo.. 50 milhões de anos mais tarde.
Em geral, a evolução não inventou nada novo nas baleias; apenas reutilizou os mamíferos terrestres. Ou seja, usou o velho para fazer o novo, chamamos isso de "Tinkering". E ela faz isto em cada grupo de animal todo tempo durante as histórias evolucionárias.

O ponto de partida para as baleias foi os animais quadrúpedes que viveram a 50 milhões de anos.


Como um animal terrestre se desenvolveu até a baleia moderna?

No antigo Paquistão, há 50 milhões de anos atras, o mundo era mais quente, nessa região provavelmente as altas temperaturas criaram um ambiente árido.
O antigo ancestral da baleia o Pakicetus, poderia estar enfrentando uma crise de sobrevivência, ele tem a forma, o peso e o tamanho de um lobo moderno, e vive com uma dieta de plantas e pequenos animais. Mas as mudanças climáticas esgotam seus suprimentos de comida, então ele precisa encontrar uma nova fonte de alimento, e rápido!
Então a antiga baleia da os primeiros passos em direção à água.
Que recompensas haveria nas águas para o pakicetus? A resposta estava na própria Terra.
Há 50 milhões de anos, grandes porções do planeta Terra se separaram, isso criou novas correntes oceânicas, essas correntes conduziram água e ar mais quentes do equador as regiões polares, polos mais quentes significavam um planeta mais quente.
Temperaturas mais quentes podem provocar a fotossíntese produzindo uma abundância de vida marinha. O pakicetus descobri um banquete nessas águas rasas. Provavelmente começaram como necrófagos, seguindo litoral e se alimentando de animais mortos que apareceriam na praia.
Depois que já se está na água se alimentando de animais mortos, é um passo natural tentar pegar outros peixes.

Mas a partir do momento que o pakicetus soluciona uma crise, surge outro: Predadores.
O pakicetus precisa nadar como um cão, é uma concepção ruim que o torno um caçador lento e desajeitado.
Há 50 milhões de anos o pakicetus desapareceu nos registros fósseis, o mistério seguinte seria, o que aconteceu apos o pakicetus, como esse animal evoluiu para se tornar o rei dos oceanos?

16 anos mais tarde, Ásia, Paquistão; em 1994, um dos seus ex-alunos viajou a região do Paquistão, e em rochas datadas de 40.000 anos atras, ele descobri fósseis de uma criatura desconhecida.
De forma desconcertante, a criatura parecia ter pernas como de um animal terrestre, mas com patas de aves aquáticas.
Então ele avistou um osso exclusivo de uma ordem de animais dos dias de hoje, se tratava de um osso de ouvido de uma baleia, então descobriram que perceberam uma baleia transicional, uma baleia com pernas.
Por isso o pakicetus havia desaparecido, ele simplesmente tinha evoluído para uma nova espécie.
Como a pouca habilidade para nadar tornou o pakicetus vulnerável, ele realizou três adaptações importantes para nadar melhor: Sua calda desenvolveu músculos e se achatou como o de uma lontra, as pernas traseiras ficaram mais baixas e ampliadas para agir como nadadeiras.
Posteriormente chamaram essa espécie de Ambulocetus natans, http://pt.wikipedia.org/wiki/Ambulocetus_natans

A busca seguinte era saber se o ambulocetus era a antiga baleia que tinha se adaptado para viver no mar em tempo integral. Se o animal terrestre beber água do mar isso pode ser letal, para viver no oceano, o ambulocetus teria que se adaptar para lidar com a água salgada. O rim dessa antiga baleia não está preservado, mas a resposta do enigma poderia estar em outra parte? Estudando os dentes cientistas revelaram que o ambulocetus bebia água doce, devido a isso precisava ficar próximo a rios e lagos. Este ancestral da baleia ainda vivia principalmente em Terra. E acabaram ficando surpresos porque as baleias modernas são capazes de beber água do mar. Ou seja, em alguma momento a transição de ingerir água doce pra água liquida teria de acontecer, mas ela não ocorreu a 49 milhões de anos.
Isso levanta uma questão intrigante, o que impedia que o ambulocetus cumprisse o destino das baleias de viver no oceano? Ambulocetus vivia ainda principalmente em Terra.
Para descobrir o por que, cientistas voltaram ao esqueleto fizeram uma descoberta surpreendente:
Os ambulocetus tinham cabeça e corpo mais largos, as pernas traseiras relativamente pequenas, isso só pode significar uma coisa: ambulocetus não era um grande nadador, certamente não conseguiria pegar peixes mais rápidos do que ele, então provavelmente ele ficava em águas rasas escondido, ele esperava que a presa se aproximasse e então dava o bote para pega-la.
A 49 milhões de anos esse mau nadador enfrentava um grande perigo ao caçar mesmo em águas rasas.
Se você olhar a fauna marinha de águas rasas da época, havia muitos grandes predadores como grandes tubarões, bem maiores que as baleias. Eles com certeza poderiam ser comidos e haveria competição entre tubarões e crocodilos se eles fossem presas de caça, era mais seguro em terra.
Provavelmente o ambulocetus seria bem desajeitado em terra, seria bem semelhante a um leão marinho ou talvez um crocodilo.
Ele seria lento de andar pesado e em geral a barriga tocaria o chão quando descansasse em terra.
Inadequado para habitats terrestres ou maritimos, o ambulocetus desapareceu nos registros fósseis há 49 milhões de anos.
O mistério da evolução da baleia se aprofunda, como e quando a antiga baleia evoluiu para viver em tempo integral em água salgada?
Qual o segredo de sua transformação de animal terrestre desajeitado a mestre dos altos mares?

Em 1994 Phil Gingerich retorna a cadeia de montanhas Sulaiman, foi lá que 16 anos antes que ele descobriu o primeiro ancestral da baleia. Agora ele pretende descobrir a primeira baleia antiga que vivesse permanentemente no mar. Eles descobrem o esqueleto de outra baleia antiga, mas precisavam descobrir se se tratava do esquivo elo faltante que a separaria da água doce.
Testes com um minério de rocha, revelaram que a criatura tinha vivido a 46 milhões de anos atras, 3 milhões de anos apos o ambulocetus, o ambulocetus era um mal nadador e tinha dificuldade para caçar e fugir de nadadores, apesar de sofrer aquelas 3 evoluções.

Apenas 4 milhões de anos apos o pakicetus, o ancestral da baleia entraria em agua doce pela primeira vez, essa baleia viveria permanentemente no mar, o segredo de seu sucesso e sobrevivência de toda a espécie das baleias se resume a um pequeno, mas engenhoso dispositivo dentro de seu ouvido característico. o paleontólogo Phil Gingerich batizou essa baleia de Rodhocetus que parecia ser o elo que faltava entre a antiga baleia semelhante aos lobos e as baleias atuais.

Dentro do rodhocetus, está a chave para um mistério antigo: Como a antiga baleia, um animal terrestre, se adaptou para sobreviver no oceano? Há algumas pistas em seu esqueleto, ele tem 3 metros de comprimento e é semelhante ao ambulocetus, seu ancestral que 3 milhões de anos antes só tinha sido capaz de beber água doce.
Agora está nova espécie vive no oceano e se espalhava pelo mundo, como ela havia se adaptado a este salgado mundo novo, e por que os ferozes predadores marinhos, não havia a extinguido? Este se tornou um dos unicos grandes mistérios da evolução das baleias.

Para entender o Rodhocetus, primeiro temos que entender o mundo em que ele vivia. Há 46 milhões de anos, a índia se separa da massa de terra da euro ásia. Por mais de 10 milhões de anos, a india se aproxima da eurosia, e o mar de Tethys se estreita, tornando-se mais raso. Agora, o clima desempenha seu papel. O mar raso é altamente produtivo, pois muita luz penetra nele. E há muitos microrganismos processando os nutrientes. Há muito alimento para os peixes la, e é claro, se ha muitos peixes,ha motivos para entrarem e se alimentarem.
Para as espécies que tiveram rapidez em explora-lo, o mar de tethys é um jardim do edem marinho.
O rodocetus sente uma atração evolucionaria irresistivel de entrar no mar, a recompensa é imediata: Mais alimento.
A evolução modifica um orgão ja existente para processor agua salgada, o rins dele filtra o sal da aguá do mar que é depois excretada pela urina, o rodhocetus descobri um mundo subterraneo repleto de vida, mas nem tudo lá é alimento.

Predadores temíveis espreitam o mar de tethys, para os tubaroes e crocodilos, as antigas baleias haviam sido presas facil no passado.
para sobreviver o rodhocetus deve descobrir como fugir dos predadores, a resposta de como essa baleia antiga sobrevive no oceano, se esconde em sua característica mais distinta: Seu ouvido.

Apos estudarem o órgão vital situado dentro do ouvido interno de praticamente todas as criaturas. Chamado de órgão do equilíbrio, ele foi a chave da sobrevivência do Rodhocetus.
O órgão do equilíbrio, dentro do ouvido interno, é um órgão vital e essencial para qualquer animal, seja vc um peixe, um sapo, ou uma baleia. É um orgão que o deixa atento quando está em movimento, consciente ou incoscientemente. E o ajuda a manter o equilibrio e não cair.
para entender o que salvou a antiga baleia, foi produzido um modelo 12x maior no ouvido interno humano. O órgão do equilíbrio consiste de 3 canais em angulos retos cheios de fluídos. O fluído se move quando a cabeça mexe, células nervosas registram esse movimento e enviam sinais ao cérebro, o cérebro instantaneamente decodifica esses sinais e ajusta nosso equilibrio para que nós nao caiamos, mas o comportamente acobratico faz o liquido em nosso ouvido interno se agitar enviando mensagens ao cérebro. Isso causa vertigem. O ouvido interno controla o equilibrio, mas como inclinou o equilibrio da sobrevivencia em favor da antiga baleia.
Entao, acharam a resposta quando compararam o ouvido humano ao do cetáceos, pois se nos hoje em comparação olharmos o ouvido interno de baleia, também aumentado 12 vezes, entao poderemos ver que não há uma grande diferença de tamanho, embora é claro que as baleias sejam bem maiores que os seres humanos. entretanto a enorme diferença, é que as partes que lidam ao equilibrio, são enormemente reduzidas na baleia.

O ouvido interno da baleia é tão pequeno, que o liquido dentro dele mal se move, isso permite a baleia girar e virar em alta velocidade sem ficar desorientada. Há 45 milhões de anos, o orgão do equilibrio da antiga baleia estava encolhido, isto a tornava agil o bastante para escapar dos predadores.

O rodhocetus sobrevive e continua a evoluir, mas seus descendentes estao prestes a enfrentar uma mudança climatica drastica, e um apavorante predador novo.

No Wadi al Hital, no Egito, Phil Gingerich encontrou vários fósseis de esqueletos de babilossauros, que mediam 18 metros. Há 39 milhões de anos atras, o babilossauros estava plenamente difundido pelo mundo,
Os babilossauros desenvolveram ferramentas impressionantes para caçar: uma visão excepcional, e audição submariana melhorada, desenvolveu seu corpo longo e delgado para caçar em águas rasas, e de seu passado terrestre, ele manteve dois vestígios inuteis.
O fato mais interessante sobre os basilossauros é retenção dos membros posteriores, com todos os ossos, até as pontas dos dedos. ELes são um vestigio de vida anterior na terra.
O basilossauros pesava incriveis 3.600 kg, A sua mudança de tamanho, o transformou de caça em caçador. A mesa havia virado para o antigo adversário, o tubarão.
PArtilhando as aguas do mar de tethys com o basilossauro, havia uma espécie de baleia menor e mais vulnerável, a baleia durodon, lembra mais um golfinho moderno, ela tem uma coluna vertebral forte, e membros dianteiros curtos na forma de nadadeiras, como a dos golfinhos modernos, e a calda dos lobos. No entanto com apenas 5 metros de comprimento, ela é bem menos que o basilossauro.
A evidências de que o basilossauro caçava filhotes, e até os durodons adultos.
Uma teoria, é que se para se proteger dos predadores, os durodons nadavam em lagos, apenas uma dessas duas espécies irá se desenvolver para se tornar o ancestral da baleia moderna. Mas qual delas? O pequeno e caçado Durodon? Ou o grande predador o basilossauro?
A evolução das baleias mostra uma inesperada reviravolta.
Fósseis de 36 milhões de anos, mostram que o poderoso basilossauros foi extinto. A pergunta é: Por que?
Phil Gingerich pesquisou esse enigma por muitos anos, phil acredita que os basilossauros desenvolveram seu corpo em forma de enguia, para caçar em aguas rasas, seu formato é perfeito para caçar em baias como essa, mas seria ele uma vítima de sua própria adaptação ?
35 milhões de anos atrás, o planeta terra está mudando drasticamente, os oceanos continuam resfriando, a Antartida separou-se da america do sul e criou uma calota de gelo permanente. A agua que antes ia para os oceanos, permanece congelada nos polos. Isso causa uma baixa drastica no nível dos mares de todo o mundo, as aguas rasas das costas desaparecem forçando o basilossauros a caçar em águas mais profundas. Seu corpo esguiu luta nessas aguas. E falta-lhe força para mergulhar. Provavelmente ele só serivesse para viver em aguas rasas, talvez ele nao fosse tao bom se fosse necessário mergulhar pra se alimentar.
Pequeno e musculoso, o durodon nao tinha tais problemas, esta é a espécie de baleia que restou para herdar a terra. Eu pensaria que o sucesso do durodon dependeu de suas proporcoes fisicas conservadores, e acabou vencendo.
O durodon sobrevive, mas o futuro da especie das baleias sofre sérios perigos, as baleias antigas posteriores enfrentam o que muitos consideram o mais aterrador predador da história, um predador tao grande que cada dente tem o tamanho de uma mão humana. Outra reviravolta drastica na jornada da baleia aconteceu ha 30 milhoes de anos, nos mares frios do meio do atlantico, a antiga baleia de 5 metros de comprimento é pequena se comparada a um apavorante predador novo, tubarões monstruosos, pesando 40 toneladas, e com mais de 16 metros de comprimento, a boca do tubarão megalodon é tão larga que um ser humano poderia ficar em pé dentro dela. Nem as baleias estão seguras com um predador tão terrível, porém ele foi interrompido. Mas involuntariamente as antigas baleias encontraram uma forma segura de desenvolvimento da espécie durante milhões de anos, para escapar haviam se afastado do equador aos novos e mais frios oceanos polares, graças ao sangue quente, elas podem suportar a água gelada, mas seus predadores não.
Os tubarões são hetérotermicos, a sua temperatura corporal é semelhante a agua que vivem, em aguas geladas os seus corpos podem parar de funcionar.
O megalodonte estava preso a águas mais quentes, e nao sobreviveu a esse novo mundo gelado. Essas aguas geladas afastavam o megalodonte e eram ricas em alimentos, mas os problemas das baleias estavam longe de acabar. A visibilidade nas profundas aguas polares é ruim, elas precisam descobrir uma forma de pegar a presa que não conseguem ver, a antiga baleia precisava desenvolver os instrumentos marínhos mais sofisticados do mundo natural, a evolução arma as predadoras baleias com dentes, com um equipamento de caça de alta tecnologia: O sonar, que reflete qualquer objeto em seu caminho. A baleia consegue decodificar o eco, e determinar o tamanho, formato, e velocidade do objeto. conhecido como ecolocalização, as baleias usam isso para localizar e atacar cardumes de peixes. Mas como ela se adapta a caçar em aguas mais profundas? as baleias conseguem controlar o fluxo de sangue para o coração e o cérebro, como resultado, elas nao sofrem de falta de oxigenio em mergulhos profundos. O cachalote moderno pode mergulhar quase 2 km e permanecer de baixo dagua por duas horas. As baleias sem dentes, desenvolvem um sistema digestivo que se adaptam as migrações sazonais, elas conseguem acumular gordura suficiente para ficarem várias semanas sem se alimentar. Isso as deixa livres para comportamentos tipicos de mamíferos, como acasalamento, exibição, socialização. Principalmente os membros mais expansivos da familia das baleias: Os golfinhos e botos tem cerebros grandes em comparação ao tamanho de seu corpo, eles sao muitos agradaveis, se vc ficar cara a cara com eles vai parecer qe eles sao seres sensiveis.

Existe hoje mais de 80 espécies de baleias, a maior delas é a baleia azul, ela tem um coração do tamanho de um fusca, e uma língua do peso de um elefante africano. Outras baleias desenvolveram outras habilidades de sobrevivência incriveis, a baleia cinzenta pode nadar 20 mil km em sua migração anual, as orcas podem alcançar velocidades de até 55 km/h, e as baleias da groenlandia podem viver mais de 200 anos.

A trajetória do ancestral parecido com o lobo até as baleias atuais é simplesmente FASCINANTE.

Tudo isso mostra porque muitos livros didaticos usam a baleia como exemplo de evolução, porque hoje isso está bem documentado.







Ecolocalização

28:00
_com extinções e especiações perfeitamente sincronizadas com as adaptações para viver uma vida marítima.


dúvidas, questionamentos, criticas construtivas ou possíveis refutações são bem vindas.
Abraços!

Cetáceos


segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Evolution - Grandes mutações

Mamíferos

Os mamíferos apareceram a 200 milhões de anos atras, na Terra.

Os mamíferos são endotérmicos, dão à luz a filhotes e respiram ar. Estas são adaptações para viver na terra. Mas baleias e golfinhos são mamíferos, também. São mamíferos que vivem na água, mas sabemos que mamíferos evoluíram na terra.

O geólogo Phil Gingerich, descobriu no Paquistão o fóssil de um pedaço de crânio, que tinha a área do ouvido bem preservada, o que indicava sobre que espécime se tratava. A forma era bem familiar, mas de um jeito nunca visto antes pela humanidade.
Bom, o fóssil na verdade se tratava de um espécime novo, que era muito similar em tamanho e forma à parte traseira de um crânio de lobo.
Mas havia algo estranho nesse crânio, no lado interno tinha uma protuberância, e se não estivesse lá era fácil deduzir que se tratava de um mamífero carnívoro arcário ou o que chamamos de creodonte, porém, tinha a protuberância.
Mas o que a protuberância tem de tão especial?
Ela faz parte do ouvido interno do animal e tem um formato distinto, um formato encontrado hoje somente em baleias.
O que estava fazendo um ouvido de baleia no crânio de um ser que lembrava um lobo? Bom, para ter mais certeza que se tratava de um elo perdido das baleias modernas, decidiram procurar por mais possíveis fósseis intermediários dessa espécie.

Gingerich então foi ao deserto do Saara, em um lugar específico conhecido como vale das baleias. Porém, ficou frustado pois lá só havia basilossauros de 40 milhões anos, um animal já conhecido pela ciência, e se as baleias evoluíram mesmo de mamíferos terrestres, tinham feito isso bem antes dos basilossauros.
Mas após alguns dias de escavação, vem uma segunda grande descoberta para carreira de Gingerich, os basilossauros tinham algo que as baleias modernas perderam a muito tempo: PERNAS. Os ossos eram pequenos mais inconfundíveis, tratava-se de uma pélvis, uma rótula, dedos. Essa baleia tinha todos os ossos da perna. Isso foi uma evidência dramática, que baleias foram animais quadrupedes.
Desde então, ele e outros completaram uma estória fantástica.

Cientistas agora pensam que o ancestral mais antigo das baleias é similar ao sinonyx de 50 milhões de anos.

Sinonyx era um caçador oportunista que viveu e caçou ao longo das praias de um mar ancestral. Talvez seus descendentes encontraram na água uma fonte de comida, e com menas competição.
Em milhões de anos, pernas frontais tornaram-se nadadeiras, as traseiras atrofiaram, corpos perderam a pelagem, e ficaram com um familiar formato longilíneo. Desde este achado, o pakicetus, a lista de baleias transitórias tem crescido. Ela agora inclui Ambulocetus, Rhodocetus, durodon, assim como o basilossauros.
Eles revelaram outro elemento da evolução das baleias; a gradual migração das narinas para o topo da cabeça, enquanto se adaptavam para respirar sob a água.

E os ossos não são a única evidência da evolução das baleias.
Frank Fish estudou como mamíferos marinhos nadam, ele procura por suas heranças evolucionárias no modo que se movem na água.
A grande questão é: Como você vai de um animal terrestre que corre com 4 pernas, para algo como o golfinho que não tem nenhuma perna e está plenamente adaptado para nadar no mar?

Mesmo que baleias parecessem peixes, eles não nadam como eles.

Peixes nadam flexionando suas espinhas lateralmente como um tubarão.
Mas mamíferos nadam diferente.
Repare uma lontra, ela nada ondulando sua espinha de cima para baixo.. do mesmo jeito que as baleias fazem.
E, como já foi revelado, do mesmo jeito que os animais terrestres flexionam suas espinhas ao correr.
As baleias lavaram para o mar o jeito de mover-se dos ancestrais, e podemos ainda vê-lo.. 50 milhões de anos mais tarde.
Em geral, a evolução não inventou nada novo nas baleias; apenas reutilizou os mamíferos terrestres. Ou seja, usou o velho para fazer o novo, chamamos isso de "Tinkering". E ela faz isto em cada grupo de animal todo tempo durante as histórias evolucionárias.

O ponto de partida para as baleias foi os animais quadrúpedes que viveram a 50 milhões de anos.




sábado, 19 de novembro de 2011

The history channel - O CONFRONTO DOS HOMENS DAS CAVERNAS

Há 150 anos conhecemos a existência dos neandertais.

Neandertais e cro-magnons ocupando a mesma região haverá competição pela comida.

http://www.megavideo.com/?v=K66A1BOC

http://www.megavideo.com/?v=CSDPJFE1


http://www.baixedetudo.net/sony-vegas-pro-10

Em um passado gélido no continente europeu, duas espécies humanas lutavam bravamente para sobreviver.

De um lado os Neandertais: atarracados, robustos, construídos para força bruta.

Do outro os cro-magnons: mais esbeltos, ágeis e mais astutos.


Foi à épica batalha do músculo contra o cérebro.

____________________________________________________

Por que os Neandertais foram extintos?

Antes dos cro-magnons eclodirem na Europa, os Neandertais haviam sobrevivido sem problemas nesse continente por mais de 100.000 anos, apesar das mudanças climáticas e diferentes condições. Mas após o contato com nossa espécie, eles desapareceram em algumas centenas de anos. Seria coincidência ou conquista?

O mais provável é que os Neandertais foram extintos graças ao fim de seu reinado com a chegada dos homo sapiens.

Fósseis e SUPERPOSIÇÃO

Estima-se que todos os fósseis de Neandertais e dos primeiros cro-magnons enchem apenas uma pequena picape. Por isso não existe muito material disponível para reconstruir os eventos que envolveram ambos.

Se você examinar o crânio, e medir o volume do espaço interior, vai descobrir que eles tinham o cérebro um pouco maior do que o nosso. Porém, se tratando de cérebro, não é o tamanho que importa.

Indícios arqueológicos revelam que os Neandertais e os cro-magnons partilharam o continente europeu por milhares de anos, antes que os primeiros se extinguissem.

O primeiro Europeu moderno que achamos até hoje cujo crânio conseguimos datar com radio carbono foi na Romênia, é de 35.000 anos. Ao mesmo tempo achamos Neandertais na península Ibérica, onde sobreviveram até 30.000 anos. Isso nos dá cinco milênios de superposição em que Neandertais e cro-magnons conviviam na Europa.

A superposição pode ter sido mais longa ainda, embora os primeiros esqueletos de nossa espécie tenham 35.000 anos, existem objetos ligados à homo sapiens de 45.000 anos, como por exemplo: pinturas rupestres, esculturas e flautas, TOCAVAM MÚSICAS. Esse comportamento contrasta com o que havia antes, isto é, com o comportamento do Neandertal, que não exibia nenhuma dessas habilidades abstratas e complexas. Para entender melhor essa questão, nem si quer os instrumentos de caça dos Neandertais eram complexos.

Lança do Neandertal: Algumas tinham pontas de pedra, porém elas não eram lanças de alcance, funcionavam mais como baionetas, por quê? Porque eram friáveis, e se você acertasse numa árvore ou em uma rocha, lá se vai à lança, ou seja, era muito simplório.

Lança do cro-magnon: Pontas de ossos e chifres, muito afiadas para poder penetrar fundo, capaz de ser arremessada a longas distâncias. Aliás, uma arma de lançamento é complexa, requer muito tempo para chegar à ponta polida e afiada, muito tempo para selecionar a madeira da haste, e muito tempo para preparar o laço que une a ponta a haste.

Ou seja, o que os cro-magnons resolviam com técnica, os neandertais resolviam a força.

E esse número pode ter sido maior ainda, devido ao fóssil de um Neandertal que mostra nitidamente no esqueleto um ferimento profundo que atingiu uma das costelas do lado esquerdo. Segundo os pesquisadores, este ferimento poderia ter sido causado por uma lança de um tipo usado pelos humanos modernos, e não por homens de Neandertal.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/noticias/0,,OI3909093-EI238,00-Humanos+podem+ter+assassinado+Neandertal+ha+mil+anos.html

Ramificação dos Neandertais e cro-magnons e antepassados.

Neandertal é descendente do Homo heidelbergensis, ambos não são descendentes diretos do homo sapiens.

O Neandertal e o cro-magnon se ramificaram no homo rhodesiensis. É altamente provável que alguns rhodesiensis migraram da África a Europa e acabaram evoluindo a Heidelbergensis e posteriormente Neandertais, enquanto os que ficaram evoluíram para homo sapiens.

Por que os cro-magnons demoraram tanto tempo para chegar a Europa se evoluíram na África milhares de anos antes?

Os Neandertais já habitavam a Europa, para conquista-la os cro-magnons precisariam tira-los fora do quadro, e para que essa invasão tivesse êxito os cro-magnons necessitariam de alguma vantagem, porém, ela levaria tempo para existir. Tanto é que os arqueólogos descobriram que no início, nossa espécie não era mais sofisticada que os Neandertais.
Os modernos homo sapiens apareceram a aproximadamente 200.000 anos na África, e usavam as mesmas ferramentas a 100.000 e 200.000 anos atrás. Eram as mesmas ferramentas que os Neandertais usavam na Europa ao mesmo tempo.

Em uma rede de antigas cavernas de Israel, descobriram-se ossos e ferramentas das duas espécies humanas, os testes de radio carbono revelaram que as duas espécies devem ter se cruzado brevemente a 90 mil anos, bem antes de os cro-magnons terem se mudado para Europa. Mas nesse estágio, antes que nossa espécie tivesse desenvolvido alguma vantagem tecnológica, os Neandertais eram dominantes.

Se examinarmos a fundo, acharemos sinais que os cro-magnons viveram nesse lugar, mas alguns milhares de anos depois, os neandertais acabaram ocupando as mesmas cavernas. Então o que aconteceu? Bom, é difícil dizer com certeza, mas é provável que os Neandertais tenham enxotado os cro-magnons.

Apos o encontro com os Neandertais no oriente médio, nossa espécie deve ter voltado para África, onde ficaram milhares de anos.

Mas quando eles finalmente se aventuraram a sair de novo, possuíam uma arma nova e mais poderosa que todas as existentes no mundo: UMA MENTE PLENAMENTE DESENVOLVIDA.

Sobrevivendo ao frio e continuação do texto laranja acima.

Poderíamos pensar que os cro-magnons não tinham estrutura para sobreviver no frio e estariam em desvantagem com relação aos neandertais, entretanto os cro-magnons ficaram na Terra enquanto os neandertais se extinguiram na segunda era do gelo, como conseguiram?
Tinham tecnologia superior, eram MUITO melhores em construções de abrigos de pele animal, onde podiam se refugiar do perigo e nos dias que eram particularmente frios, eram ótimos nas confecções de roupas quentes e impermeáveis, e tinham adquirido uma técnica superior de caça, podendo armazenar carne para os dias piores de escassez, sendo assim, todas essas vantagens culturas e tecnológicas, ajudaram os cro-magnons a sobreviver muito depois da extinção dos neandertais.

Outra vantagem:

Foi encontrado um osso com furinhos de 32.000 anos, e tratava-se de um calendário lunar que acompanha o deslocamento de rebanhos segundo a posição da lua. Pois alguém percebeu que a migração das renas seguia um padrão, e ligou esse padrão a trajetória lunar, registrando-a em uma série de furinhos, com essa informação sempre disponível, a tribo era capaz de prever onde a próxima refeição seria encontrada.

COMO OS CRO-MAGNONS EVOLUÍRAM TÃO DEPRESSA e continuação dos dois textos acima.

Os cro-magnons não começaram sendo inteligentes, os primeiros milhares de anos de seu aparecimento, eles basicamente viviam o mesmo nível que os neandertais, eles não davam sinais de ter cultura mais sofisticada ou ter instrumentos e ferramentas melhores, etc. E de repente algo aconteceu e deu um grande empurrão nessa cultura primitiva, é como se de repente tivessem ficado inteligentes.

Os registros arqueológicos dos cro-magnons de 40 mil anos é realmente interessantes, ferramentas e armas ficaram mais ponte agudas e duráveis, expressões criativas começaram a surgir como forma de pinturas rupestres, esculturas, joias, etc. Como testemunho de um nível cultural sofisticado e sem precedentes.

Essa mudança foi dramática, começaram a inovar na tecnologia, ouve o advento de coisas como ferramentas de osso, cortado e modelado, aconteceu algo que só podemos chamar de arte, que era totalmente desconhecida no tempo dos Neandertais.

Foi como uma centeia que repentinamente acendeu a mente da humanidade mais de 100.000 anos depois que nossa espécie surgiu.

Como?

Talvez uma mudança genética que nós deu de repente uma capacidade intelectual que não tínhamos antes, como algum raciocínio abstrato ou a linguagem. É possível que a inovação fosse cultural, do mesmo modo como a revolução industrial mudou drasticamente nosso estilo de vida. Os cro-magnons podem ter vivido o mesmo tipo de experiência, repentinamente uma descoberta foi feita e deitou raízes em sua cultura, impulsionando-os a diante.

O mesmo salto tecnológico que foi dado pelos cro-magnons aconteceu no cérebro deles, nós já tínhamos um cérebro preparado com símbolos havia tempos, e bem antes de começar a usa-lo. Mas esse incrível potencial ficou latente durante milênios, até que surgiu através de algum estimulo cultural, que provavelmente foi à fala.

Fala do Neandertal: Os cientistas pesquisaram no DNA descobriram que os neandertais tinham um gene igual dos cro-magnons chamado "Foxp2", ingrediente fundamental a fala. Um humano com defeito nesse gene é incapaz de conversar normalmente.
O gene Foxp2 deles eram idênticos ao nosso, por isso acredita-se que eles tinham uma linguagem bem elaborada. Mas embora esse achado genético sugira que os Neandertais podiam conversar, não sabemos se eles realmente conversavam, nem que espécie de sons emitia.

Em busca de pistas, os Dr. Jeffrey Laitman um anatomista da escola de medicina de NEW YORK, perito em cordas vocais e evolução do percurso da história humana, reanalisou os fósseis de Neandertais e cro-magnons e os comparou, e chegou a conclusões reveladoras sobre a fala neandertal.

"A diferença vital entre neandertais e cro-magnons está na localização da Laringe ou mais simplesmente na caixa vocálica, em um adulto humano moderno a laringe passa por toda a garganta. Essa posição baixa nos capacita emitir sons importantes, especialmente as vogais com rapidez. Pelo o que examinei a laringe do neandertal se encontrava mais no alto da garganta, mais do que se encontra em nós, ou seja, eles não seriam capazes de emitir certos sons vocálicos como U em Urubu, ou A em padre. Com relação a fala os neandertais não tinham a mesma capacidade que nós temos hoje."

Dieta de carne

Os Neandertais quase só dependiam de carne para sobreviver.
Hoje a dieta ocupa 20% da dieta humana, mas ocupava 85% da dieta do Neandertal.
Sabemos disso devido a analise de isótopos estáveis que permitem aos cientistas determinar o que eles comiam através do nível de carbono e nitrogênio no tecido ósseo. Para sobreviver os Neandertais precisavam de cerca de 5.000 calorias por dia, o dobro do consumo do moderno homem adulto.

Mas pra que tanta carne? Logicamente esse número implica que tinham grande necessidade de comida, mas é natural, porque tal necessidade era uma adaptação ao ambiente gelado em que viviam. A alta taxa de metabolismo ajudou-os a aguentar a baixa temperatura.

Canibalismo

Em mais de uma caverna da Europa, encontraram-se ossos com marcas similares a que vemos em ossos de animais abatidos.
É impossível dizer que não havia canibalismo nessa época, os ossos foram tratados de tal forma que qualquer pessoa diria: É claro que isso serviu de alimento.
Quando encontramos os ossos de humanos com esse tipo de corte, carbonizados porque foram assados e esmagados para expor a medula que fica dentro, sem dúvida isso sugere canibalismo.

Apesar dos fósseis nos garantirem que os Neandertais comiam gente, nada nos informa o que os motivavam a isso. Seria pratica sacrifical ou simplesmente uma defesa contra morrer de fome?

CAÇA DOS NEANDERTAIS

Os Neandertais caçavam próximos da presa, sua lança funcionava como uma baioneta. Enquanto um chamava a atenção do animal, outro montava em cima dele. Com a fera distraída e desequilibrada, os demais caçadores atacavam com uma lança na garganta e outra no coração. Um exemplo de animal que sofria esse ataque era o RINOCERONTE LANOSO, um dos animais mais perigosos dessa época, quando provocado era extremamente agressivo e certamente difícil de ser apanhado. Os Neandertais logicamente preferiam não ataca-los, porém devido à escassez de comida eram obrigados. Certamente ocorreu várias acidentes onde Neandertais morriam ou saiam gravemente feridos, afinal, era uma cena extremamente brutal. Há registros fósseis que provam violência no quesito de traumas, principalmente no crânio, e isso tem sido interpretado como resultado das técnicas de caça, pois chegar perto de grandes animais oferece muito perigo.

Quando caçavam esses animais enormes chegavam muito perto e muitos se feriam, podemos dizer pelas fraturas dos ossos Neandertais, dedos e braços quebrados, pernas, fraturas no pescoço, a caça cro-magnon parece que era diferente, os caçadores cro-magnon deveriam encurralar o animal para atingi-lo com uma lança, antes que ele percebesse qualquer coisa. Não havia aquele encontro próximo que havia com os Neandertais. De novo, vemos isso nos ossos, a menos fatura nos braços, menos fatura nas escapulas e costelas. Os cro-magnons sempre se protegiam e jamais se expunham aos riscos que os neandertais enfrentavam diariamente.

Mas para os Neandertais, uma simples fratura era um preço pequeno para afugentar a fome, nas estepes geladas da Europa sua sobrevivência dependia da força. Tinham musculatura maciça nos ombros e braços, quando alcançavam o animal tinham uma pega poderosa e não o largavam até imobilizo, para esse tipo de caça, eram bem construídos.


Encurralar as feras era uma boa solução na floresta, onde ficava fácil aproximar-se delas sem ser visto. Mas em espaços abertos, os Neandertais ficavam em grande desvantagem, pois ao contrário dos rivais não podiam correr muito bem.

Correr

Pouco valorizamos o fato de que nós os humanos modernos certamente estamos entre os melhores corredores do mundo animal inteiro. Basta olhar para um homem moderno, porque nós temos pernas longas, uma pelve que nos ajuda a distribuir o peso e o impacto de um pé pro outro. Na verdade, nós aguentamos correr muito bem longas distâncias, por isso gostamos de maratonas, já a maioria dos outros animais preferem distâncias curtas.

Em comparação conosco, os Neandertais tinham membros curtos e pelves largas, isso restringe a velocidade e a distância que podem correr atrás da presa.

Caso os Neandertais quisessem correr dos cro-magnons, era quase impossível escapar, pois os cro-magnons tinham um corpo preparado para correr longas distâncias enquanto o neandertal não. Para correr, o Neandertal gastava 30% de energia a mais que o cro-magnon. Se houve conflito contra os Neandertais, os cro-magnons certamente usavam as armas e a velocidade para vence-los com muita facilidade.

Relacionamento entre ambos.

De fato, não sabemos como foi. A maior parte do tempo devem ter coexistido pacificamente, porém deve ter havido guerras. O que nós sabemos é que até certa altura os Neandertais sumiram e os cro-magnons ficaram.

No momento, os registros arqueológicos não apresentam interação direta entre os dois grupos, mas há certos vestígios e pistas que sugerem ter havido não só um contato, mas uma troca de ideias entre ambos. Em meados do século XIX, em Châtelperron na França, um ferroviário encontrou vários instrumentos de pedra e fragmentos ósseos extremamente antigos. Na época a arqueologia engatinhava.

O primeiro crânio Neandertal não seria identificado antes de outra década e o significado do achado não seria plenamente compreendido por mais de um século.

As ferramentas encontradas nesse local são mais sofisticadas que a dos Neandertais porque tem bordas afiadas, mas são muito rusticas para serem cro-magnons, e ferramentas semelhantes foram achadas recentemente em sítios neandertais, supõe-se que tenham pertencido a neandertais digamos "esclarecidos".
Essa ferramenta de certo foi obra de neandertais, mas como teria os neandertais adquirido essa particular tecnologia tipicamente cro-magnon? Já foi dito que houve comércio entre eles e que havia algo de pacifico nessa interação. Pode ser que um Neandertal mais esperto, pode ter achado essa ferramenta cro-magnon e pensado "opa isso é bom" e pensou que poderia imita-las.

É realmente estranho imaginar que os Neandertais apos passarem milhares de anos na mesmice sem esse tipo de artefato, de repetente tenham começado a fabrica-los na mesma época que os cro-magnons também fabricavam, iguaizinhos, na Europa. Seria coincidência demais se assim fosse. Há fortes indícios que os Neandertais conheceram as ferramentas cro-magnons, mas será que eles se cruzaram? As camadas sedimentares de Châtelperron parecem confirmar a possibilidade. Os artefatos da primeira camada devem ter sido de Neandertais, mas exibe sutil influencia de artesãos mais habilidosos, datam de 38.000 com vários de poucos séculos. A camada do meio é consistente com a tecnologia cro-magnon, datando entre 34 e 35 mil antes de cristo. Mas os artefatos próximos a superfície voltam a ser neandertais, datando entre 32 a 34 mil A.C

Datação por radio carbono

Foi possível datar esses itens devido à técnica de datação por radio carbono chamada de espectrometria de massa acelerada, e com esse grande avanço foi possível trabalhar com quantidades de minutas de carbono e data-lo. Com a tecnologia de laboratório avançada, a datação por carbono foi ganhando precisão. Hoje os cientistas situam a idade de objetos pré-históricos com exatidão sem precedentes.
O rádio carbono trabalha como um rádio isótopo de carbono 14, depois que morremos não mais respiramos carbono, assim todo carbono 14 que tínhamos no corpo vai se transformando com o tempo em hidrogênio, a datação por carbono mede então a porção de átomos de carbono 14 ainda presentes em nosso corpo, Mede o tempo desde a morte.

Em Châtelperron as últimas datações sugerem que os Neandertais e os cro-magnons viveram na mesma área e no mesmo período da pré-história. A luz desse indício, muitos antropólogos acreditam que as duas espécies se encontraram. Mas a natureza desses encontros continua incerta.

É quase certo que os dois grupos tiveram contato, seria muito difícil não ter ocorrido nenhum conflito entre cro-magnons e neandertais. Lembre-se como somos perigosos com nossos semelhantes ainda hoje.

Os registros fósseis existentes combinados com a complexidade da natureza humana permitem uma hipótese sobre o que aconteceu quando os cro-magnons deram de frente com os neandertais.


Cruzamento Neandertal

Poderia ter ocorrido, já que provavelmente ambas as espécies se encontraram e se relacionaram entre si. A questão é: Se isso aconteceu, teria afetado o nosso gene, isto é, o gene que temos hoje? Os filhos desse cruzamento seriam viáveis e férteis? Isso é claro ainda tem de ser comprovado.

Um dos grandes de antropologia é a possibilidade de cruzamento entre as duas espécies, a maioria acredita que os dois grupos não eram compatíveis geneticamente. É bem possível que possam ter ocorrido alguns relacionamentos amorosos ou sexuais de tempos em tempos, porém não há indícios realmente firmes para acreditarmos que tenha havido um intercâmbio de genes entre as duas populações. Alguns afirmam que embora Neandertais e cro-magnons fossem e espécies diferentes, o cruzamento não era só possível, era provável.

A biologia já descobriu que há cruzamento entre espécies perfeitamente diferentes, por exemplo: o veado mula e o veado virginiano, considerados de espécies diferentes, descobriram provas pelo DNA que houve cruzamentos de ambas. O lince e o gato selvagem são espécies separadas, mas temos grande incidência de cruzamentos. A mesma coisa pode ter ocorrido entre Neandertais e cro-magnons, talvez eram plenamente capazes de cruzar e ter filhos saudáveis e férteis.

Se essa teoria estiver correta, então os Neandertais não terminaram em dramática extinção, e todos nós teríamos um pouco de Neandertal no sangue.

Em um lugar no centro de Portugal chamada Lagar Velho, o esqueleto de uma criança de 4 anos atesta essa possibilidade. O esqueleto tem 24.000 anos, muito depois do que acreditamos ter sido fim dos Neandertais. Essa fóssil da criança mostra nitidamente que ele não era igual a nós.

O seu corpo era atarracado igual à de um Neandertal, mas o que quer dizer isso? Bom, talvez fosse apenas uma criança estranha, mas há muitas especulações de essa criança ser hibrida de um cro-magnon e um Neandertal.

O crânio é muito semelhante ao nosso com queixo pronunciado, dentes pequenos e canal auricular interno. Mas em um aspecto ele se desvia bastante do Homo Sapiens, a caixa craniana é alongada como a de um Neandertal, o fato de ele ter características Neandertais sugerem que houve um cruzamento dessa espécie com cro-magnons, na ibéria de 24 mil anos atrás.

Porém, essa criança não foi suficiente para convencer os céticos.

Ela poderia ser uma criança deformada, com anomalia, etc. Há hipótese de ser uma criança moderna é muito válida.

Pois pesquisadores estavam desvendando os segredos do DNA Neandertal, e criando um mapa genético da espécie para comparar com o nosso. Uma das questões mais prementes é saber se nossa espécie herdou algum gene Neandertal.

Algumas informações vitais já surgiram na pesquisa em curso, os cientistas isolaram o DNA mitocondrial dos Neandertais, e isso pode nos indicar quais genes herdamos de nossas mães, ao longo da história humana.

Temos de olhar o lado feminino da história quando estudamos essa parte do DNA, e descobrimos que o DNA mitocondrial do Neandertal é muito diferente do que encontramos no homem da nossa época, então quanto o genoma mitocondrial, é óbvio que os Neandertais não contribuíram nas variações em humanos hoje. Em outras palavras, nenhuma linhagem feminina de nossos dias carregam genes Neandertais. Pelos primeiros resultados do outro lado do código genético o mesmo se dá com a linhagem masculina. Já temos o dado do cromossomo Y que é passado de pai para filho, e indica que eles não contribuíram com nenhum cromossomo Y em humanos que vivem agora. Hoje nenhum homem do planeta carrega cromossomo Y parecido com o do Neandertal. Está descoberta é um golpe duro na teoria do cruzamento.

Mas talvez, esteja cedo para tirar conclusões definitivas pois as amostras são pequenas demais e os cruzamentos não deviam ser frequentes. Afinal, só extraímos DNA mitocondrial de 7 pessoas cro-magnons e 5 neandertais. Não são amostras suficientes para determinar um nível de cruzamento entre as duas espécies.

As amostras de DNA estudadas sugere que nenhuma pessoa no mundo hoje tem uma gota de sangue Neandertal.

Mas existe a tese de que espécies hibridas tenham existido num passado distante. Nesse caso é quase certo que os híbridos seriam incapazes de reproduzir, pois ambos provavelmente tinham o número de cromossomos diferentes, então teríamos uma situação igual a burros e éguas que podem se cruzar e gerar animais saudáveis, porém não férteis.

COMO CONSEGUIMOS VENCER?

Quando os últimos Neandertais desapareceram duvido que o impacto fosse muito sentido pelas populações cro-magnons. Creio que os Neandertais subiram no mundo sem ruído e alarde, sendo que o impacto nas populações de cro-magnons foi bem pequeno.

Os Neandertais provavelmente contraíram infecções certamente respiratórias de homens de nossa espécie, é inegavelmente possível que os Neandertais não tivessem imunidade a certos males que afligiam os cro-magnons, como aconteceu com os índios americanos quando o Europeus chegaram a América, então é bem provável que as doenças tenham contribuído para a extinção dos neandertais.

Em cerca de 28.000 A.C, os cro-magnons habitavam toda a Europa continental, tendo empurrado os últimos neandertais para pequenos lugares da Ibéria no sul da Itália e dos Bálcãs. Devagar, eles iam vencendo o jogo da sobrevivência.

A muitos possíveis culpados da extinção dos Neandertais, talvez os cro-magnons, clima, escassez de caça, algum tipo de doença, é tentador colocar a culpa em um só fator, mas isso não foi só como um asteroide q matou os dinossauros, mas sim com a junção de diversos fatores diferentes.

Muitos antropólogos concordam que os cro-magnons tiveram seu papel na extinção do neandertal.
A grande diferença é que nossos ancestrais estavam aqui, e tendo ou não havido confrontos violentos, certamente houve algum tipo de competição, afinal eles caçavam os mesmos animais e também competiam pelos mesmos recursos, então seria os nossos antepassados responsáveis por essa extinção? No mínimo foi um importante fator. Mas o fator principal pode não ter sido o cro-magnon, e sim a mãe natureza.
Há 30.000 anos o clima mudou de tal maneira que eles não puderam se adaptar, além do frio intenso o clima flutuava de modo desordenado em períodos curtos, então coube nisso o influxo de cro-magnons na mesma época, a vida deles ficou bem difícil. À medida que o frio aumentava, as florestas pereciam levando consigo muito Neandertais. O gelo mudava o clima mudava de repente, as florestas das quais os Neandertais dependiam iam se reduzindo, e sem florestas ficavam em desvantagem.
Eles não podiam se esconder nas árvores pra caçar ao modo deles, e assim a fome foi chegando de mansinho.
O que quer que tenha acontecido com os Neandertais há 30.000 anos, sua extinção teve grande impacto no futuro de nossa espécie, sem a ameaça de competição, a cultura cro-magnon explodiu na Europa, os registros arqueólogos da era pós Neandertal evidenciam progressos estonteantes em tecnologia, arte e comunicação. Diferente dos antecessores, o cro-magnon era capaz de alterar o ambiente para adapta-lo as suas necessidades. Com tamanha capacidade veio um poder sem precedentes. Mas apesar de tantas vantagens, basta saber se nossa espécie terá a mesma longevidade dos Neandertais.



Teste o seu cérebro - O poder da concentração

O cérebro é capaz de se concentrar apenas em uma coisa.
Achamos que prestamos atenção no mundo a nossa volta, mas por mais estranho que pareça, isso é uma ilusão.
A distração é uma forma elegante de controle de atenção, pois nosso cérebro só nós permite concentrar em uma coisa de cada vez.

O cérebro prioriza o que considera mais importante.